quinta-feira, 15 de julho de 2010

Sgt. Pepper's lonely hearts club band, um cd te carrega para 1967.


“It was twenty years ago today, Sgt. Pepper's taught the band to play”

E com os primeiros berros de Paul McCartney o som começa. Um disco extremamente inovador para época , a começar pelo jeito que foi gravado até as letras de suas canções. Mas porque tratá-lo em um primeiro texto? Bom, faria sentido pelo simples fato de ser uma das obras que eu mais admiro do quarteto de Liverpool, além disso, o grande foco dessa publicação é apresentar comentários sobre as remasterizações que estão nas prateleiras de grandes lojas.
Eu já havia comprado a nova edição de “Revolver” para ver “qual era” a desses CDs, não apenas para apreciá-lo como gravação, mas também encarar toda a sua editoração em encartes e afins. Acabei ganhando a remasterização do “Sargento Pimenta” de um amigo (Rafael Pontilho) de aniversário, um presente animador.
Coloco o cd na sua primeira música para escrever isso, talvez dê algum incentivo maior. Voltando ao foco: O CD REMASTERIZADO, não posso dizer que ao pegá-lo tive a mesma sensação que pegar o bolachão em sua primeira edição britânica (é algo indescritível, sem frescura), mas tenta ser. Em uma caixa estilizada, tendo como capa a segunda foto mais famosa do quarteto (o que é obvio), o cd se encontra, tentando parecer com essa bolacha preta. Dentro, estão os quatro enfileirados de um lado, e do outro, um envelope guardando o livreto, este com comentários do próprio Paul, George Martin, Mark Lewisohn e Peter Blake, informações sobre as músicas (gravações, autor, interprete...), diversas fotos da banda, seja para marketing ou no próprio estúdio, além das letras. Para retirar o cd, que tem gravado como imagem o mesmo símbolo existente na versão em disco, a caixa tem uma nova abertura e um novo envelope (guardando o cd), nela, o rosto dos Beatles caracterizados.
Ao som de When I’m Sixty-Four, ou melhor, começando Lovely Rita, volto a falar da gravação em 1967. Paul McCartney pode ser admirado pelo grande resultado do disco. Com grande influência de músicos com certo tempo de estrada, como Bob Dylan, até novatos, como Syd Barrett com o Pink Floyd, que lançam o seu primeiro disco “The Piper at the Gates of Dawn” no mesmo ano, mas posterior ao lançamento do disco dos Beatles. Como disse no início, é um disco extremamente inovador para época, principalmente pelo som progressivo que apresenta, se é que posso chamá-lo assim. Como exemplo, a música “A Day in the Life”, que apresenta uma variação extensa de ritmos e instrumentos, além da sua longa duração. Ainda acho legal reparar como Paul tomou uma liderança na banda durante a gravação, uma vez que queria seguir uma linha e sem falhas, isso se relaciona com o fato de George Harrison só ter uma música escrita no disco, que quase não entra por não se encaixar em um momento inicial, que é “Within You Without You”.
E como sugestão final, para quem gostar do disco, ou de Beatles, ou apenas de música, vem o livro de Clinton Heylin, entitulado como o disco: “SGT. PEPPER'S LONELY HEARTS CLUB BAND”, que não fala apenas dele, mas do ano de gravação tanto para os Beatles como para aqueles que os influenciaram.